sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A propósito de jogos olimpicos...




O blog permanece de férias, em Setembro voltará em grande e promete novos artigos com mais mezinhas e colaboradoras de alto nível.

Ainda assim, não poderia deixar em "branco" o emblemático acontecimento do momento vivido um pouco por todo o mundo, os Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Centenas de atletas de todo mundo se debatem por alcançar o tão desejado título. Estou certa que aos olhos de algumas pessoas serão reencarnações de deuses do Olimpo...mas a meu ver, são pessoas normais que se destacam com atitudes de perseverança, determinação e confiança ( não esquecendo que para tais prestações é necessário grande dedicação e espírito de sacrifício com treinos contínuos de longa duração).

Embora seja de extrema importância a definição de uma "trajectória" bem delineada para a concretização de objectivos pessoais, qualquer atleta que se preze, para atingir a excelência, necessita de humildade. O que distingue os grandes campeões olímpicos do "comum mortal" é a capacidade de equilibrar dois factores preponderantes à sua prestação: determinação versus humildade. Só assim é possível atingir o tão desejado apogeu.


Associado às olimpíadas questões políticas, bem como as liberdades sociais "impostas", florescem simultaneamente com a grande visibilidade do acontecimento.

A meu ver demonstra um desrespeito absoluto pelos atletas quaisquer acções que possam comprometer a prestação dos mesmos, embora concorde inteiramente com a promoção dos direitos humanos durante estes dias de maior visibilidade com actos "inofensivos".

Na antiguidade, quando chegava a época dos Jogos Olímpicos, os países abandonavam todo o conflito político-militar para que decorresse os campeonatos ( na actualidade seria mais provável o contrário... veja-se o que tem vindo acontecer nos passados jogos olimpicos da era moderna)


E por falar em desrespeito, foi repugnante a atitude do atleta de luta greco-romana que recusou a medalha já no podio lançando-a para o tatami. Os árbitros são sempre soberanos pelo que, mesmo quando não se concorda com a decisão, é importante manter a postura.

Pelo que pude acompanhar, os Chineses vivem os seus momentos de glória e continuam a liderar o ranking no "ouro" olímpico. Segue-se os E.U.A. cuja tradição olímpica já é de longa data e a Alemanha.

Embora a prestação dos E.U.A. seja sempre notável nomeadamente no atletismo e na natação, os chineses demonstram uma atitude claramente diferente dos ocidentais e os resultados são evidentes nas mais variadas disciplinas (na ginástica a disputa pelo título foi dura entre ambos). De um modo geral, os chineses limparam o ouro praticamente em todas as modalidades. Reparei ainda num detalhe, estes atltetas apresentam-se plenamente concentrados e mentalizados ( já para não falar da "insensibilidade" e capacidade de tolerancia à dor que caracteriza os povos orientais e ainda de práticas de Medicina Tradicional Chinesa para aumentar a performance), e não haja dúvidas que o vencedor é aquele que melhor lidar com a pressão, partindo do princípio que todos os atletas contemplam a excelência física imposta.



O imbatível americano M. Phelps de 23 anos continua a sua jornada enquanto "coleccionador de medalhas de ouro" (para este os chineses ainda não têm solução que lhes valha). Este homem é impressionante... nunca está cansado, prova atrás prova...e venha a próxima! O COI bem que podia criar uma nova "linha amarela" para acompanhar o registo do nadador, pela quantidade de recordes mundiais que ele bate a todo o momento a "linha verde" parece a luz verde de um semafro, para este atleta veloz ( "mete o turbo" e ninguem o pára nao ha hipotese) .


No Judo a prestação portuguesa deixou algo a desejar. Embora não tenha acompanhado os combates, esperávamos todos um pouco mais...mas enfim, ficam os bons exemplos de grandes senhores exemplares na modalidade ou ainda uma nota dos erros cometidos, para que não sejam repetidos futuramente. Cada vez mais existem atletas de grande prestígio em Portugal, cujo reconhecimento internacional tende a ser manifesto. Embora o desporto de alta-competição seja imprevisível ( depende de uma série de factores externos e internos)... a responsabilização dos resultados é inevitável, quando as condições de apoio aos atletas são as ideais. A imprevisibilidade pode ser reduzida, para isso existe um trabalho de um grupo de pessoas e, parece-me relevante que haja não apenas uma preocupação em atingir uma condição física, mas também um período de estudos tácticos prévios e ainda mentalização/relaxamento.

Desta vez, deixo-vos com um vídeo excepcional com grandes projecções de judo intitulado a Jigoro Kano Tribute (Tributo ao fundador do Judo). Para quem desconhece a modalidade pode aqui ficar com um cheirinho de algumas projecções, enrolamentos, quedas... e apreciar a beleza de tais movimentos em câmara lenta acompanhado de uma música bem actual (nos treinos não há nada destas modernices...)


Não esquecer que as inscrições já estão disponíveis no IPG...quem quiser já se pode inscrever...até ao momento a ESSG já conta com 10 pessoas inscritas (mas espero que muitos mais se inscrevam, se procuram novas experiencias aqui têm uma boa oportunidade).

Boa sorte para todos os portugueses... (Parabéns Vanessa Fernandes e Nelson Évora! e ainda a todos os que alcançaram resultados favoráveis. )


Em tempos de férias pude ainda assistir ao concerto de Mariza. Aconselho vivamente, descobri que esta senhora para além de fadista é também dotada para blues ou mesmo salsa...enfim foi um concerto exuberante, numa panóplia instrumental conjugada com as tradicionais guitarras portuguesas, o que resulta lindamente!! Fiquei impressionada e adorei a música Rosa branca.


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