Sedação (se usado como ansiolítico),alguma euforia,amnésia,indiferença e má avaliação do perigo(tendem a responder menos a agressões por outros indíviduos),exacerbação de muitos efeitos do alcool, confusão, hipotermia, dependência, aumento da hostilidade, ataxia, anemia hemolítica ,alucinações.
Risco menor de depressão respiratória ou cardiovascular em overdose, embora se tomadas concomitantemente com outros depressores do SNC, como o alcool, o risco aumenta.
Causam dependência psicológica e física, dependente da dosagem e duração do tratamento. A dependência física estabelece-se após 6 semanas de uso, mesmo que moderado.
O uso crónico cria tolerância obrigando a aumentar a dose para obter os mesmos efeitos, razão por que actualmente não está indicada a sua administrção para lá das três semanas, em casos não complicados.
O seu síndrome de privação/abstinência após uso prolongado (mais de 2 meses) inicia-se alguns dias após paragem da administração, atingindo um período ainda desconhecido que pode ir até aos dois, três anos. Caracteriza-se por tremores, tonturas, ansiedade, insónias, perda do apetite, delirium tremens, delusões, suores, e por vezes convulsões ou psicoses.
Benzodiazepinas agrupadas
Triazolam: Pode causar ataques de mau humor e fúria violenta em alguns doentes devido aos sintomas de privação rápidos. Retirado do mercado em alguns países por essa razão.
Midazolam: Dormonid
Flunitrazepam: Rohypnol
Lorazepam
Clordiazepóxido: 5-25h.
Temazepam
Alprazolam
Diazepam: Valium.
Clonazepam: Rivotril
Prazepam
Bromazepam: Lexotan
Posto isto, haverá alternativas viáveis que se apresentem vantajosas, face à química medicamentosa das benzodiazepinas?
Caso sofra de uma perturbação do sono continuada, o mais provável é que o médico lhe recomende psicoterapia (nomeadamente terapia cognitivo-comportamental).
http://www.deco.proteste.pt/saude/dossie-do-sono-s412131/dos/413371.htm
De acordo com o Infarmed, são alguns exemplos de Psicofármacos Ansiolíticos e Hipnóticos agrupados pelo tempo permanência no organismo:
Alprazolam, Bromazepam, Lorazepam, Medazepam, Oxazepam
Brotizolam, Midazolam, Triazolam, Zolpidem
Estazolam ,Flunitrazepam,Loprazolam ,Lormetazepam, Temazepam
Hipnóticos de Longa Duração
Buspirona,Valeriana
"Medicamentos, aliados ou não ao álcool, é uma das formas mais comuns para as tentativas de suicídio, uma vez que os doentes que os tomam têm muitas vezes quadros depressivos associados aos problemas de ansiedade ou de sono.Para o especialista, uma forma de minimizar o problema seria prescrever embalagens mais pequenas destes fármacos, embora reconheça que isso faria aumentar o número de consultas médicas.O psiquiatra Ricardo Gusmão, por seu lado, admite que os tranquilizantes (benzodiazepinas) sejam frequentemente usados nos parasuicídios, mas não nas tentativas reais de suicídio.«Os parasuicídios são formas mais ou menos conscientes de comunicar uma situação de crise que um indivíduo se sente incapaz de resolver e pode ser encarado como um modo de pedir ajuda a terceiros», explicou o professor de psiquiatria Ricardo Gusmão. Nestes casos, o coordenador em Portugal da Aliança Europeia Contra a Depressão considera que as benzodiazepinas são frequentemente utilizadas, mas que raramente resultam em morte.O neurologista Nuno Canas alertou ainda que os tratamentos com tranquilizantes (benzodiazepinas) são muito mais prolongados do que deviam, uma responsabilidade que atribuiu essencialmente aos médicos.«Os tratamentos com benzodiazepinas deviam durar um ou dois meses no máximo, mas estão a ser muitíssimo mais prolongados», afirmou. Para o neurologista do hospital Egas Moniz, «a responsabilidade é dos médicos em geral, que não param os tratamentos quando deviam», o que acontece porque as benzodiazepinas são eficazes e induzem nos doentes uma sensação de calma. Em contraponto, o psiquiatra Ricardo Gusmão diz que é residual o número de doentes que não passam sem benzodiazepinas por um período superior a três meses, assumindo contudo que «boa parte» do seu trabalho consiste em fazer o desmame destes fármacos. Alterações cognitivas, dependência física e psíquica e elevada tolerância (tem de se ir aumentando a dose para que o medicamento faça efeito) são os principais problemas de uma toma prolongada dos tranquilizantes.«Os médicos prescrevem frequentemente benzodiazepinas porque as pessoas pressionam. Não valorizam também o problema da dependência, das alterações tóxicas comportamentais e cognitivas», afirmou o especialista, sublinhando que há muitas farmácias a vender estes medicamentos sem receita médica e contra a lei. De acordo com dados do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, cada português consumiu em média no ano passado duas embalagens de comprimidos sedativos, ansiolíticos ou hipnóticos. Os dados de 2006 indicam que os portugueses gastaram 81,94 milhões de euros em medicamentos para ajudar a dormir ou para combater a ansiedade.Os mesmos dados indicam que os portugueses consomem anualmente cerca de 20 milhões de embalagens deste tipo de comprimidos, o que dá uma média de duas embalagens por cada português.Os medicamentos com substâncias naturais, como o extracto de valeriana, têm sido apontados por alguns médicos como uma alternativa às benzodiazepinas.«As companhias farmacêuticas estão a começar a apostar nesta alternativa. O efeito destes produtos naturais não é tão rápido, mas a eficácia é semelhante e os efeitos acessórios são incomparavelmente menores», defendeu Nuno Canas. Como exemplo dos efeitos secundários reduzidos, o médico do Egas Moniz dá o caso de um doente que se tentou suicidar com 100 comprimidos de extracto de valeriana e que, no dia seguinte, apenas acordou com mais sono. Mas Ricardo Gusmão ressalva que a valeriana apenas tem utilidade como ansiolítico em casos SOS, uma vez que tomada durante alguns dias seguidos deixa de cumprir esse efeito.«Não presta para tratamentos estruturados e não pode substituir as benzodiazepinas», comentou, apontando antes como alternativa a buspirona, que o neurologista Nuno Canas também nomeou como fármaco uma opção com riscos de dependência e de tolerância muito menores".
Lusa / SOL